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quinta-feira, 19 de abril de 2012

19 DE ABRIL - DIA DOS VERDADEIROS DONOS DO BRASIL.






Historiadores afirmam que antes da chegada dos europeus à América havia aproximadamente 100 milhões de índios no continente. Só em território brasileiro, esse número chegava 5 milhões de nativos, aproximadamente. Estes índios brasileiros estavam divididos em tribos, de acordo com o tronco linguístico ao qual pertenciam: tupi-guaranis (região do litoral), macro-jê ou tapuias (região do Planalto Central), aruaques (Amazônia) e caraíbas (Amazônia).

Atualmente, calcula-se que apenas 600 mil índios ocupam o território brasileiro, principalmente em reservas indígenas demarcadas e protegidas pelo governo. São cerca de 200 etnias indígenas e 170 línguas. Porém, muitas delas não vivem mais como antes da chegada dos portugueses. O contato com o homem branco fez com que muitas tribos perdessem sua identidade cultural.

As principais etnias indígenas brasileiras na atualidade e a população estimada são: Ticuna (35.000), Guarani (30.000), Caiagangue (25.000), Macuxi (20.000), Terena (16.000), Guajajara (14.000), Xavante (12.000), Ianomâmi (12.000), Pataxó (9.700), Potiguara (7.700).

Os nativos brasileiros não são todos iguais. Ao contrário, existe uma incrível variedade de tradições, idiomas, manifestações artísticas e modos de vida. O que não muda é o respeito pela natureza que todos eles têm. Afinal é dela que eles dependem para viver: onde caçam, pescam, coletam frutos e raízes. A maioria das nações indígenas brasileiras mantém contato com os homens brancos. Mas existem exceções.

Desde 1988, a Constituição garante o direito dos índios às terras de seus antepassados e diversas áreas vêm sendo demarcadas. Demarcar significa colocar limites para que não haja dúvidas de que aquela terra já tem dono.
A natureza está sempre presente na vida dos índios. As aldeias, cercadas pelas florestas, mostram como é possível o equilíbrio entre o homem e a mata. Nelas, a caça e a pesca são recursos de sobrevivência.

Mesmo com a fartura da floresta, há muito trabalho a ser feito, sempre em grupo. As mulheres cuidam das roças, tecem e cozinham; os homens levantam ocas, derrubam árvores, caçam e fabricam armas e canoas. Onde há aldeia, sempre existe um riacho por perto. Os índios adoram banhar-se, brincar na água e, claro, os peixes que capturam com arco e flecha.

Em 1910, o governo criou o Serviço de Proteção aos Índios, para controlar as tribos, sob a chefia do marechal Cândido Rondon. Ele pacificou índios sem violência, garantiu a posse das terras. Em 1967, foi criada a Fundação Nacional do Índio (FUNAI) para a demarcação e a prestação de assistência médica e educacional.

O Dia do índio, 19 de abril, foi criado pelo presidente Getúlio Vargas através do decreto-lei 5540 de 1943, e relembra o dia, em 1940, no qual várias lideranças indígenas do continente resolveram participar do Primeiro Congresso Indigenista Interamericano, realizado no México. Eles haviam boicotado os dias iniciais do evento, temendo que suas reivindicações não fossem ouvidas pelos "homens brancos". Durante este congresso foi criado o Instituto Indigenista Interamericano, também sediado no México, que tem como função zelar pelos direitos dos indígenas na América. O Brasil não aderiu imediatamente ao instituto, mas após a intervenção do Marechal Rondon apresentou sua adesão e instituiu o Dia do Índio no dia 19 de abril.

Cabe aos devidos governantes deste país, manter todos os índios sob a sua devida proteção, pois só através de tais medidas que os mesmos - que tanto influenciou a nossa cultura, o nosso vocabulário...o nosso ser, poderão sobreviver firme nas suas tradições e perpetuar o que é de mais valioso entre eles – o vínculo com a terra e o respeito por ela.

Que o Dia do Índio possa ser comemorado todos os dias, pois só dessa forma tomaremos consciência dos fatos e passaremos a respeitar as diferenças étnicas e não mais esquecer do legado de tais para a formação do povo brasileiro e do nosso país.

Salve os índios...salve os meus ancestrais – ÍNDIOS GUANÁS.

Prof. Josemar Dorilêo.

Em nome da educação e do conhecer.

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