
A Copa do Mundo é um
torneio de futebol masculino realizado a cada quatro anos pela Federação
Internacional de Futebol (FIFA). A primeira edição aconteceu em 1930, no Uruguai, com a vitória da seleção da casa. Nesse primeiro mundial,
não havia torneio eliminatório, e os países foram convidados para o torneio.
Nos anos de 1942 e 1946, a Copa não ocorreu devido à Segunda Guerra Mundial. O
Brasil é o país que alcançou mais títulos mundiais - cinco (1958, 1962, 1970,
1994 e 2002). É também o único país a ter participado de todos os Campeonatos.
Segue-se a seleção da Itália, tetracampeã (1934, 1938, 1982 e 2006); a
Alemanha, tricampeã (1954, 1974 e 1990); os bicampeões Argentina (vencedora em
1978 e 1986) e Uruguai (vencedor em 1930 e em 1950); e, por fim, com um único
título, as seleções da Inglaterra, campeã em 1966, da França, campeã em 1998 e
da Espanha, campeã em 2010. O Brasil e a Espanha são os únicos países a ganhar
fora do seu continente (Brasil em 1958 e 2002 e a Espanha em 2010). A Copa do Mundo
é realizada a cada quatro anos, tendo sido sediada pela última vez em 2010 na
África do Sul, com a Espanha como campeã, ficando a Holanda em segundo lugar, a
Alemanha em terceiro e o Uruguai em quarto. Em 2014, terá lugar no Brasil,
conforme anúncio da FIFA no dia 30 de novembro de 2007. Desde a Copa do Mundo
de 1998 a competição é realizada com 32 equipes participantes.
O Brasil foi o
responsável pela Copa de 1950, onde na ocasião, sete foram as sedes: Porto
Alegre, Rio de Janeiro, São Paulo, Salvador, Recife, Belo Horizonte e Curitiba.
E, no Rio de Janeiro, em pleno Maracanã, a seleção brasileira perdeu o título
para o Uruguai.
Novamente em 2014
iremos sediar o grande evento do futebol neste país e dessa vez teremos 12
sedes, acrescentando às de 1950: Cuiabá, Manaus, Brasília, Natal e Fortaleza.
A questão é, faltando setecentos dias
para a abertura da Copa do Mundo, o Brasil ainda tem pela frente diversos
desafios originários do crescimento e da realização do megaevento esportivo de
2014. O governo, porém, utiliza há anos ferramentas totalmente inadequadas de
gestão pública devido à ausência de uma cultura de planejamento, ausência essa
fruto das décadas de inflação elevadíssima, das crises econômicas e da
preocupação dos administradores públicos com o curto (ou curtíssimo) prazo.
Como consequência, o governo federal tenta driblar essa falta de planejamento
recorrendo ao famoso “jeitinho brasileiro” na busca de atalhos, como o Regime
Diferenciado de Contratações (RDC), em tese destinado a acelerar as obras
necessárias à realização da Copa 2014 e recentemente aprovado no Congresso.
Dentro desse contexto, só as obras de construção dos estádios estão cumprindo
com o calendário – sendo que até nesse ponto, em algumas cidades as obras estão
muito atrasadas.
Quanto àquilo que mais interessa
para a população em geral - infraestrutura e mobilidade urbana, eis algo que
muito nos preocupa, pois não há jeitinho ou atalho que substitua o planejamento
rigoroso e eficientemente desenvolvido e aplicado. Ao contrário, a “gambiarra”,
como sabemos, tende a provocar “curtos-circuitos” mais à frente, além de elevar
a conta paga pela sociedade, que tem como contrapartida empreendimentos e
serviços públicos de qualidade sofrível, nem sempre dimensionados da melhor
forma e localizados no lugar mais adequado, com manutenção cara e menor
durabilidade.
Em suma, os cidadãos/contribuintes
pagam mais caro por empreendimentos mal dimensionados, projetados e
construídos, enquanto poderiam ter, até por custos menores, obras e serviços de
qualidade, com baixo custo de manutenção e muito maior durabilidade.
Como acreditar em tudo, como
acreditar no devido adiantamento das obras, nas devidas melhorias sendo que
estamos vivendo nessa “ gangorra política”, nessa troca-troca de ministros,
nessa irresponsabilidade generalizada por parte dos nossos governantes para conosco.
Cabe a sociedade brasileira
reverter tal quadro. Vamos cobrar, vamos exigir a concretização das obras e que
essa chamada Copa do Mundo de 2014, possa de fato trazer benefícios sociais
para o povo pobre deste país rico, chamado Brasil. Só isso me interessa e nada
mais, pois é chegado a hora de não mais nos iludirmos, como acontecia na Roma
antiga – política denominada “pão e circo”, com aquilo que deixa o brasileiro
“cego” à sua própria realidade cheia de carências educacionais e sociais, ao
acreditar que está tudo bem, que hoje eu posso até comprar um celular ou uma
geladeira – algo chamado FUTEBOL.
PROF. JOSEMAR DORILÊO ( PROF. EDUCAÇÃO )
Contra o “ circo e
pão”.