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quarta-feira, 11 de julho de 2012

FALTAM 700 DIAS PARA A COPA DO MUNDO OU PARA O "CIRCO" - PROF. JOSEMAR DORILÊO ( PROF. EDUCAÇÃO ).














A Copa do Mundo é um torneio de futebol masculino realizado a cada quatro anos pela Federação Internacional de Futebol (FIFA). A primeira edição aconteceu em 1930, no Uruguai, com a vitória da seleção da casa. Nesse primeiro mundial, não havia torneio eliminatório, e os países foram convidados para o torneio. Nos anos de 1942 e 1946, a Copa não ocorreu devido à Segunda Guerra Mundial. O Brasil é o país que alcançou mais títulos mundiais - cinco (1958, 1962, 1970, 1994 e 2002). É também o único país a ter participado de todos os Campeonatos. Segue-se a seleção da Itália, tetracampeã (1934, 1938, 1982 e 2006); a Alemanha, tricampeã (1954, 1974 e 1990); os bicampeões Argentina (vencedora em 1978 e 1986) e Uruguai (vencedor em 1930 e em 1950); e, por fim, com um único título, as seleções da Inglaterra, campeã em 1966, da França, campeã em 1998 e da Espanha, campeã em 2010. O Brasil e a Espanha são os únicos países a ganhar fora do seu continente (Brasil em 1958 e 2002 e a Espanha em 2010). A Copa do Mundo é realizada a cada quatro anos, tendo sido sediada pela última vez em 2010 na África do Sul, com a Espanha como campeã, ficando a Holanda em segundo lugar, a Alemanha em terceiro e o Uruguai em quarto. Em 2014, terá lugar no Brasil, conforme anúncio da FIFA no dia 30 de novembro de 2007. Desde a Copa do Mundo de 1998 a competição é realizada com 32 equipes participantes.

O Brasil foi o responsável pela Copa de 1950, onde na ocasião, sete foram as sedes: Porto Alegre, Rio de Janeiro, São Paulo, Salvador, Recife, Belo Horizonte e Curitiba. E, no Rio de Janeiro, em pleno Maracanã, a seleção brasileira perdeu o título para o Uruguai.

Novamente em 2014 iremos sediar o grande evento do futebol neste país e dessa vez teremos 12 sedes, acrescentando às de 1950: Cuiabá, Manaus, Brasília, Natal e Fortaleza.

A questão é, faltando setecentos dias para a abertura da Copa do Mundo, o Brasil ainda tem pela frente diversos desafios originários do crescimento e da realização do megaevento esportivo de 2014. O governo, porém, utiliza há anos ferramentas totalmente inadequadas de gestão pública devido à ausência de uma cultura de planejamento, ausência essa fruto das décadas de inflação elevadíssima, das crises econômicas e da preocupação dos administradores públicos com o curto (ou curtíssimo) prazo.

Como consequência, o governo federal tenta driblar essa falta de planejamento recorrendo ao famoso “jeitinho brasileiro” na busca de atalhos, como o Regime Diferenciado de Contratações (RDC), em tese destinado a acelerar as obras necessárias à realização da Copa 2014 e recentemente aprovado no Congresso.

Dentro desse contexto, só as obras de construção dos estádios estão cumprindo com o calendário – sendo que até nesse ponto, em algumas cidades as obras estão muito atrasadas.

Quanto àquilo que mais interessa para a população em geral - infraestrutura e mobilidade urbana, eis algo que muito nos preocupa, pois não há jeitinho ou atalho que substitua o planejamento rigoroso e eficientemente desenvolvido e aplicado. Ao contrário, a “gambiarra”, como sabemos, tende a provocar “curtos-circuitos” mais à frente, além de elevar a conta paga pela sociedade, que tem como contrapartida empreendimentos e serviços públicos de qualidade sofrível, nem sempre dimensionados da melhor forma e localizados no lugar mais adequado, com manutenção cara e menor durabilidade.

Em suma, os cidadãos/contribuintes pagam mais caro por empreendimentos mal dimensionados, projetados e construídos, enquanto poderiam ter, até por custos menores, obras e serviços de qualidade, com baixo custo de manutenção e muito maior durabilidade.

Como acreditar em tudo, como acreditar no devido adiantamento das obras, nas devidas melhorias sendo que estamos vivendo nessa “ gangorra política”, nessa troca-troca de ministros, nessa irresponsabilidade generalizada por parte dos nossos governantes para conosco.

Cabe a sociedade brasileira reverter tal quadro. Vamos cobrar, vamos exigir a concretização das obras e que essa chamada Copa do Mundo de 2014, possa de fato trazer benefícios sociais para o povo pobre deste país rico, chamado Brasil. Só isso me interessa e nada mais, pois é chegado a hora de não mais nos iludirmos, como acontecia na Roma antiga – política denominada “pão e circo”, com aquilo que deixa o brasileiro “cego” à sua própria realidade cheia de carências educacionais e sociais, ao acreditar que está tudo bem, que hoje eu posso até comprar um celular ou uma geladeira – algo chamado FUTEBOL.



PROF. JOSEMAR DORILÊO ( PROF. EDUCAÇÃO )

Contra o “ circo e pão”.

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