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terça-feira, 9 de abril de 2013

JORNAL JD INFORMA: CONFLITO ENTRE AS DUAS COREIAS

















JORNAL JD INFORMA: CONFLITO ENTRE AS DUAS COREIAS

Dados:

•Coreia do Norte
Regime ditatorial
área: 120.538 km²
Capital: Pyongyang
população: 27,4 milhões de habitantes
PIB: 40 bilhões de dólares
Expectativa de vida: 69 anos
Exército: 1,1 milhão de soldados

•Coreia do Sul
Regime democrático
área: 99.720 km²
Capital: Seul
população: 48,9 milhões de habitantes
PIB: 1,62 trilhão de dólares
Expectativa de vida: 79 anos
Exército: 686.000 soldados

Histórico:

•Coreia do Norte
O país ficou sob a influência da União Soviética após a II Guerra. A divisão oficial do território veio em 1948: o norte como comunista e o sul, capitalista. Em 1950, o norte invadiu o sul, sob o argumento de ter a fronteira violada. Queria unificar os dois países sob o regime comunista, ofensiva contida pelas intervenções militares americanas. Em 1953, um acordo estabeleceu uma zona desmilitarizada entre as Coreias. Este pacto de não agressão foi anulado unilateralmente pela Coreia do Norte no início de março, diante da escalada da tensão com a Coreia do Sul – que considera o armistício ainda válido. A então União Soviética continuou ajudando a Coreia do Norte em seu programa nuclear. Em 1985, o governo norte-coreano aderiu ao Tratado de Não Proliferação Nuclear. Desde então, a ditadura asiática já prometeu interromper o programa nuclear clandestino quatro vezes. Nunca cumpriu o compromisso.

•Coreia do Sul
O território coreano já foi disputado por chineses, mongóis, japoneses e russos. A região sul se tornou uma zona de influência americana através do mesmo tratado que fez do norte um estado comunista, em 1948. O país foi apoiado pelos Estados Unidos durante a Guerra da Coreia (1950-1953). Em 2000, o presidente Kim Dae Jung receber o Prêmio Nobel da Paz pela sua iniciativa de paz com o norte. A confirmação de que a Coreia do Norte manteve um programa secreto para desenvolver armas nucleares impediu a aproximação. A crise se agravou em 2008, quando o presidente Lee Myung-bak adotou uma postura de endurecimento das sanções econômicas em relação ao Norte. Em 2010, o Sul foi atacado suas vezes pelo Norte. Eleita em 2012, a presidente, Park Geun-hye declarou tolerância zero às provocações de Pyongyang.

Líderes:

•Coreia do Norte
Kim Jong-un assumiu o comando da Coreia do Norte com a morte do pai, Kim Jong-il, em dezembro de 2011. Com Un no poder, a dinastia Kim – iniciada com Kim Il-sung, avô do atual ditador – ultrapassa seis décadas. O jovem Un, que nem fez 30 anos, já em seu primeiro discurso, em abril do ano passado, falou em bomba atômica. “A superioridade na tecnologia militar não é mais monopólio dos imperialistas, e a era dos inimigos que usam bombas atômicas para nos ameaçar e chantagear acabou para sempre”. O herdeiro gorducho (talvez a única pessoa com quilos sobrando na cintura em um país de famintos) virou marechal e mostrou ao mundo sua mulher, a elegante Ri Sol-ju – uma novidade, já que a própria mãe dele passou a vida nos bastidores. Com a mulher, Un fez um passeio intrigante: o casal foi a um espetáculo de música que contou com personagens como Mickey Mouse, Branca de Neve, Ursinho Puff. No início de março, quando a tensão entre as Coreias já estava em rumo ascendente, Un apareceu sorridente ao lado do ex-astro da NBA Dennis Rodman, em uma apresentação de basquete. A imagem é um ponto importante do regime do herdeiro da dinastia, que promove uma guerra de imagens, ao tentar intimidar os inimigos com fotos no estilo do realismo socialista dos anos 30 e vídeos com efeitos especiais toscos.

•Coreia do Sul
Park Geun-hye foi eleita presidente em dezembro do ano passado e tomou posse em fevereiro, com um discurso de tolerância zero a provocações da Coreia do Norte. Primeira mulher a comandar o país, ela é filha do ditador Park Chung-Hee, que ficou no poder durante 18 anos, até seu assassinato em 1979. A nova presidente assumiu o poder pouco mais de 50 anos após seu pai, um veemente anticomunista, tomar o poder em um golpe militar. Sua posse ocorreu menos de duas semanas depois de a Coreia do Norte realizar o terceiro teste nuclear de sua história. "O recente teste nuclear é um desafio para a sobrevivência e para o futuro do povo coreano, e não deve haver nenhuma dúvida de que a maior vítima será a própria Coreia do Norte. Não tolerarei nenhuma ação que ameace as vidas de nosso povo e a segurança de nossa nação”, disse Geun-hye, na ocasião.

Política:

•Coreia do Norte
É o país mais fechado do mundo, econômica e politicamente. Os norte-coreanos não podem ler jornais, revistas, ou livros estrangeiros. Recentemente, foi anunciado que um serviço de internet móvel seria disponibilizado no país, mas só para estrangeiros. Jornalistas apenas podem entrar no país com a autorização do governo, que é praticamente impossível de conseguir. O país também figura em terceiro lugar na lista de 2012 dos governos mais corruptos do mundo, segundo a organização Transparência Internacional. Em mais de 65 anos de dinastia Kim, as facções internas foram eliminadas, rivais foram submetidos a campos de trabalhos forçados e milhões tornaram-se subnutridos e famintos. Há ainda as violações aos direitos humanos. Documento recente elaborado por um relator especial da ONU aponta casos de tortura, escravidão, desaparecimentos forçados e assassinatos. Muitos atos podem constituir crimes contra a humanidade.

•Coreia do Sul
O país tem um sistema democrático, conquistado após anos de instabilidade política. Quando foi classificada como Coreia do Sul, a região passou a ter como liderança o nacionalista Syngman Rhee, que permaneceu no poder até 1960. Seu sucessor, Chang Myon, foi deposto em 1961, e o general Park Chung Hee assumiu o comando do país sob suspeitas de ter fraudado a eleição. Em 1972, Park Chung Hee liderou um golpe de Estado e instaurou no país uma ditadura militar. Sete anos depois, ele foi assassinado. O general Chun Doo-Hwan liderou outro golpe militar, que durou até 1987, quando a pressão popular tornou as eleições diretas inevitáveis. O primeiro presidente civil do país depois de 30 anos, foi o candidato governista Roh Tae Woo, eleito em 1992.
Pouco mais de 50 anos após Park Chung Hee tomar o poder, sua filha Park Geun-hye tornou-se a primeira mulher a assumir a Presidência da Coreia do Sul. Eleita em dezembro de 2012, ela tomou posse em fevereiro. Durante a campanha, pressionada pela opinião pública, a candidata do partido conservador governista chegou a pedir perdão às vítimas da repressão do regime de seu pai. Já no comando do país, a presidente aprovou um decreto que multa quem vestir minissaia ou outros tipos de roupas que deixem o corpo muito exposto. A medida foi comparada com restrições impostas nas décadas de 1960 e 1970, durante o governo de Park Chung-hee. Na época, as saias que terminavam 20 centímetros ou mais acima do joelho eram proibidas na Coreia do Sul.

fonte: revista Veja

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