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quinta-feira, 8 de março de 2012

As 4 mulheres com “M” maiúsculo da minha vida / PROF. JOSEMAR DORILÊO.






As 4 mulheres com “M” maiúsculo da minha vida.

Já se acreditou, e ainda há indivíduos que acreditam, ser as mulheres as disseminadoras das teorias misóginas, que tais são a encarnação do demônio, a origem dos crimes, a arma do diabo, a saliva da serpente, sempre prontas a morder como um escorpião pestilento, a peste das pestes, o dardo do demônio, seres que sabem admiravelmente chorar, pois choram quando querem, como querem, quanto querem, porque tem o coração formado sobre uma roda movediça e a astúcia aninhou-se no seu seio, como disseram os homens chamados de santos, ou sábios. Mas porque a mulher deveria significar tudo isso?

Infelizmente, mediante a própria circunstância histórico-cultural criou-se esse estereótipo sobre a mulher. Essa que em tempos remotos, era controlada pelo seu homem e pela igreja. Essa que, segundo o Padre Vieira, deveria sair se casa em apenas três ocasiões: para o batismo, o casamento e o próprio enterro.

Porém, elas quebraram paradigmas e normas, saíram das suas “casas” e foram ao encontro de um novo, em busca da sua individualidade, do seu querer.

Chica da Silva conseguiu tomar para si o poder de um homem. A marquesa de Santos, que por amor a um homem se tornou poderosa. Irmã Dulce, Joana Angélica, Inez de Souza, Joana D’Arc, Benazir Bhutto, Leila Diniz, Madre Teresa de Calcutá, Angela Merkel, Margareth Thaatcher, Anita Garibaldi, Maria Quitéria, Cleópatra, Marie Curie, Rainha Elizabeth I, Dorotéa Engrácia, entre outras que não foram meras obras da criação da mente de um homem. Não se apresentaram com uma bondade angelical e nem com a perversidade demoníaca como foi Capitu, Helena, Gabriela, Marília de Dirceu, Tieta e Ceci. Elas existiram e fizeram valer a pena a sua vontade, não se sucumbindo aos padrões e controles de uma época e nem de uma sociedade. Deixaram o seu exemplo maior de luta que com certeza serviu para influenciar não uma Cleópatra e nem uma marquesa de Santos no meu destino, mas sim, influenciaram as 4 mulheres com “M” maiúsculo da minha vida.

Nem uma delas deixaram ou deixarão obras e atos que possam ser contados nos livros de história, mas a vida de cada uma delas já é uma lição, já é uma história. A primeira delas é Maria Eucares de Campos, típica mulher pantaneira do início do século passado - doce e forte ao mesmo tempo, carismática e determinada. Soube lidar com o seu marido e mesmo sabendo das suas traições, nunca abandonou a família, e quase sozinha, lidou com as dificuldades de transporte, moradia de um longínquo e quase desabitado pantanal.

Criou e educou todos os seus filhos. Essa foi a minha querida Vó Maria que já se foi e tanto ainda a prezo e sinto saudades. Eternamente grato por ter feito parte da minha vida e ter colocado no mundo sua filha e minha mãe Margarida Xavier Dorilêo – esta é a mulher que me adotou como filho desde os meus quatro dias de nascido, me ensinou a dar os meus primeiros passos, me instruiu, me aconselhou, me fez ser o que sou hoje. Mulher de garra e muita prestativa. A você mãe e mulher, obrigado por tudo e obrigado também por ter colocado no mundo suas duas filhas e minhas irmãs, Marly Glória Xavier Dorilêo e Marisa Auxiliadora Xavier Dorilêo Negretti.

A terceira é minha segunda mãe, exemplo de disciplina e coragem. Do seu ventre não nasceu nenhum filho, mas ela teve a vocação maior de ser mãe-educadora de quase 3000 alunos-filhos, ensinando-lhes os mais nobres valores que possam ser de um cidadão. Parabéns por ter a fortaleza de se permanecer, a pesar de todas as dificuldades, firme dentro dos seus princípios e praticando o seu dom, o seu propósito maior dado pelo Pai.

E quanto a última e quarta das mulheres, a minha querida irmã mais nova, Marisa que desde cedo buscou e lutou pelos seus objetivos acordando cedo às madrugadas para vender salgados com intuito de pagar as mensalidades de sua faculdade, hoje uma excelente profissional na área da saúde em Cuiabá e que se destaca por uma pessoa carinhosa e prestativa para com seus pacientes, além de ser também exemplo de mãe e que tanto me ajudou na minha formação. O meu muito obrigado e parabéns.

A Maria que já se foi, descanso eterno e a certeza maior de um papel muito bem cumprido. As outras: Margarida, Marly e Marisa felicitações e força maior, saudades do seu filho e irmão que daqui de Salvador, mesmo longe da minha terra natal Cuiabá, coloca em prática o legado que todas vocês deixaram na minha vida.

Isso é eterno. E vocês fazem parte do meu principal livro de história, a minha vida. Obrigado.

E nesse seu dia, o que me cabe dizer: PARABÉNS A VOCÊS E A TODAS OUTRAS MULHERES PELA FORÇA, DETERMINAÇÃO E LUTA.

DEUS AS ABENÇOE.

Prof. Josemar Dorilêo

Em nome da educação e do conhecer.

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