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segunda-feira, 19 de março de 2012

JD INFORMA: Origem dos Bancos






Por definição, Banco é a instituição que comercia com dinheiro e crédito. Segundo Bueno (l994), Banco é a casa onde se realizam transações de valores. Já na abordagem de Zamberlan & Salemo (I 987, p. 177), sob o ponto de vista empresarial, bancos são empresas que tomam recursos através de um sistema de captação para proceder a uma posterior aplicação, estabelecendo, para isto, algumas normas de trabalho e utilizando-se de alguns instrumentos.

A origem dos bancos remonta à antiguidade, pois na Babilônia já existiam pessoas que emprestavam, tomavam emprestado e guardavam dinheiro de outros. Tendo certo caráter sagrado, o dinheiro era confiado aos sacerdotes nos templos. Mas, segundo estudiosos de arqueologia, foram os fenícios os primeiros a realizar operações bancárias. Os romanos deram o nome hoje universal à instituição: "banco" vem do italiano, significando a mesa que os cambistas utilizavam para suas operações monetárias. Na época a principal ocupação dos bancos era a troca de moedas, mas também aceitavam depósitos e faziam empréstimos. A expressão "bancarrota" derivou do fato de que, quando o negócio não prosperava, era costume quebrar a mesa.

Conforme Wonnacott, P. et aí (l982, p. 218) foi a busca de lucro que determinou o desenvolvimento do sistema bancário, e este processo pode ser melhor ilustrado pela história dos ourives medievais. Embora a atividade específica dos ourives fosse a de trabalhar os metais preciosos, eles também exerciam a função de recebê-los para que fossem guardados. Prestavam este serviço aos viajantes, mercadores e elites da época em troca de uma pequena taxa de serviço. Quando as pessoas depositavam jóias, por exemplo, naturalmente lhes eram devolvidos os mesmos objetos; mas quando os depósitos eram na forma de barras e moedas de ouro, não havia necessidade de receber o mesmo objeto de volta, conquanto que o objeto reposto tivesse o mesmo valor. Após algum tempo o ourives percebe que uma quantia considerável permanecia em estoque, pois as retiradas dos clientes não ocorriam de uma só vez, além de que sempre haviam novos depósitos. Assim, lhe ocorre a ideia de emprestar uma parcela do estoque de ouro: o ourives emprestaria ouro e receberia em troca o valor correspondente em notas promissórias nas quais eram especificados a taxa de juros e o período de resgate das mesmas (.). Neste momento, sua atividade deixa de ser a de uma simples casa de penhores para transformar-se na de um banco comercial, como o conhecemos hoje (Wonnacott, P. et al, ibid. p. 219).

Na Idade Média, em muitos locais, era considerada ilegal a atividade dos que emprestavam dinheiro cobrando juros. Como a Igreja desaprovava esta prática, os cristãos abstinham-se de exercê-la, fato que, segundo alguns autores, explica a preponderância de judeus no ramo.

Conforme Magalhães Fº (1991, p. 136), a partir do século VI, já estando formadas grandes fortunas comerciais, surgem os primeiros banqueiros, que vão substituir os cambistas como fonte de crédito. Em vez de se limitarem a emprestar dinheiro, os banqueiros italianos passarão a aceitar depósitos, descontar títulos e manter correspondentes em outras praças. Esses empreendimentos eram principalmente familiares até meados do século XV, e apenas com a evolução da contabilidade, é que surgiram verdadeiras empresas bancárias. O enriquecimento dos banqueiros é um dos fatores que Magalhães Fº (op. cit.), relaciona com a queda do feudalismo e da monarquia. Através da aquisição de terras - por compra ou recebendo-as como pagamento de dívidas dos senhores feudais - eles tornam-se uma classe poderosa, influindo na mudança do regime monárquico para o regime republicano.

PROF. JOSEMAR DORILÊO.

Em nome da educação e do conhecer.

Um comentário:

Anônimo disse...

Olá professor Josemar Boa Noite!! Gostaria de saber quem é o autor que o sr. cita Magalhães Fº, 1991, gostaria se possível da referência completa para poder colocar em minha monografia. Obrigada Christiane Souza