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quarta-feira, 20 de novembro de 2013

JD INFORMA: A Cor Negra de Cada Dia























JD INFORMA: A Cor Negra de Cada Dia
Dados do último censo comprovam que a cor negra é algo de negação no Brasil e mostram um desempenho negativo sistemático do negro no mercado de trabalho, na escola, nas condições de moradia dos últimos vinte anos. Outra conclusão mostra que não basta ao negro ter a mesma escolaridade e treinamento profissional que o branco para alcançá-lo na corrida da ascensão social ou da mera sobrevivência. Na hora de definir quem vai ganhar o emprego ou quem vai progredir na empresa, a cor volta a contar.
Para ser eficaz, o chicote não precisa bater sobre as costas de todos os negros. Cada um assassinado nas cadeias ou nas esquinas deste país serve como exemplo para milhões espalhados pelo Brasil, de que não basta apenas comemorar no dia 13 de maio a “Libertação dos Escravos” e sim, é preciso também questionar – o que comemorar?
O Brasil deve aos seus cidadãos referências positivas sobre seu povo negro. A história contada dá ênfase apenas aos nossos colonizadores europeus e seus descendentes, lembrados como heróis e descobridores. Muito pouco sabemos sobre dos índios que já habitavam nossas terras e tampouco dos negros.
É preciso mudar tudo isso. É preciso criar referências para tais raças, para que as nossas próximas gerações não sejam contaminadas por uma formação apenas euro-centrista que desconsiderava, por exemplo, o papel do negro dentro da sociedade. É preciso que exista respeito às diferenças raciais e que possamos de fato afirmar que somos todos mestiços. É necessário quebrar clichês e fazer uma nova apresentação da África – esta complexa, rica e com grande potencial humano capaz de mudar seu próprio destino.
É preciso que no dia “13 de maio” seja o dia nacional de todos os brasileiros e brasileiras que lutam por uma sociedade de fato democrática e igualitária, unindo todos num projeto de nação que contemple a diversidade engendrada no nosso processo histórico.
Que todos os dias sejam o “Dia da Consciência”, que possamos ter visão progressista e deixarmos o comodismo e as outras utopias de lado para buscarmos algo concreto e significativo capaz de realmente revolucionar conceitos e dogmas... mudar a realidade.

PROF. JOSEMAR DORILÊO
Em nome da educação e do conhecer.

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