Jorge Leal Amado de Faria (Itabuna, 10 de agosto de 1912 — Salvador, 6 de agosto de 2001) foi um
dos mais famosos e traduzidos escritores brasileiros de todos
os tempos.
Ele é o autor mais adaptado da televisão brasileira,
verdadeiros sucessos como Gabriela - Cravo e Canela, Tieta do Agreste e Teresa Batista Cansada de Guerra são
criações suas, além de Tenda dos Milagres e Dona Flor e Seus Dois Maridos. A obra
literária de Jorge Amado conheceu inúmeras adaptações para cinema, teatro e televisão, além de
ter sido tema de escolas de
samba por todo o Brasil. Seus livros foram traduzidos em 49 idiomas, em 55
países, existindo também exemplares em braille e em
fitas gravadas para cegos.
Foi jornalista, e
envolveu-se com a política ideológica, tornando-se comunista, como muitos
de sua geração. São temas constantes em suas obras a política, crenças,
os problemas e injustiças sociais, o folclore e
tradições, e a sensualidade do povo brasileiro, contribuindo assim para a
divulgação deste aspecto do mesmo. Suas obras são umas das mais significativas
da moderna ficção brasileira, com 49 livros, propondo uma literatura voltada
para as raízes nacionais. Em 1945, foi
eleito deputado
federal pelo Partido Comunista Brasileiro (PCB), o
que lhe rendeu fortes pressões políticas. Foi casado com Zélia Gattai, também
escritora, que o sucedeu na Academia Brasileira de Letras. Teve
três filhos: João Jorge, sociólogo, Paloma,
e Eulália.
Viveu exilado na Argentina e no Uruguai (1941 a
1942), em Paris (1948 a 1950) e em Praga (1951 a
1952). Escritor profissional, viveu exclusivamente dos direitos autorais dos
seus livros.
Apesar de ter sido influenciado pelo modernismo, principalmente pela perspectiva de romper com o academicismo então vigente, Jorge Amado não se ateve à construção de uma identidade mítico-poética do Brasil e preferiu buscar no Nordeste a sua origem de sertanejo e os personagens que caracterizam a sua literatura de vida desde 1931 quando publicou aos 19 anos, "O País do Carnaval".
Foi viajando pelo interior da região Nordeste e sobretudo da Bahia que Jorge Amado criou personagens masculinos que ficaram para sempre na memória e na literatura como Pedro Arcanjo, Antonio Balduíno, Vadinho e Quincas Berro D'água. Personagens apreendidos pela ficção realista do escritor e saídos do povo e, através da caricaturagem de tipos folclóricos como o imbecil, o preguiçoso, o sedutor, o mulherengo, o jogador, o moralista, malandro, o espertalhão e o honesto.
Foi observando as prostitutas do Largo do Pelourinho; as lavadeiras das calçadas do Senhor do Bonfim, as negras e mulatas do terreiro de Menininha do Gantois, em Salvador; ou as jovens burguesas descendentes diretas do coronéis do cacau da região de Itabuna, Santo Amaro e Ilhéus que Jorge Amado criou uma galeria de tipos femininos inesquecíveis que mistura sensualidade, sabedoria, força, coragem, beleza e poder.
Adalgisa (quadris afro), Manela (a de Yansã), Gabriela (Cravo e Canela), Tieta (a do Agreste), Dona Flor (e os seus dois maridos) e Teresa Batista (cansada de guerra), Mulheres de sorriso farto, lábios sensuais, fogosas, queimadas de sol e ancas cheias, Em cada uma delas, o escritor expressa uma faceta da mulher nordestina e uma moral diferente, conforme a própria vida lhe ensina: a liberdade com que se entregam ao prazer da carne, o desrespeito dos homens, o cuidado estremado com os filhos, o sofrimento da sobrevivência, a dupla jornada de trabalho, a vontade de viver e de amar e a leveza.
As cores, os mitos, a culinária, as crenças...todos os ingredientes que “apimentaram” suas obras e que bem representaram este estado. O mundo passou a conhecer ainda mais os encantos desta terra através de seus personagens.
O Prof. Josemar Dorilêo e todos nós brasileiros, parabenizamos a Bahia pelo seu grande filho, Jorge Amado...amado e querido por todos.
PROF. JOSEMAR DORILÊO
PROF. EDUCAÇÃO.
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